Relatório de atividades 8/11/2006.A Palavra é República
Curupira proclama a República na Terra da PAZ.
Mosaico, dança e etimologia.
Teatro, desenho, e filologia.
Arte, cidadania e poesia.
Mil recursos do Artes do Curupira foram poucos para transformar a tarde desta quarta feira no início de um movimento de auto-inclusão de duas classes de 4as séries num processo que promete transformar, não só a aparência, mas, e principalmente, a essência da Unidade 2 da Escola de Ensino Fundamental Parque Petrópolis. Trabalhamos com a moçadinha, o assunto República.
Não do ponto de vista Histórico, que isso já é assunto curricular e muito bem trabalhado pelas Professoras Tereza e Maria Luiza. Primeiramente, Tia Malouh trabalhou a palavra República e seus significados etimológicos e filológicos: origem (será que estamos falando grego?), evolução e significados. A “coisa” pública, de novo o que as crianças entendiam por público e seu contraponto o privado. Em terra em que muito marmanjo e até políticos não sabem discernir esta diferença, as respostas dadas nos mostraram que a educação delas é muito superior à média. Parabéns professoras.
Daí para a constatação de que a Escola é delas e não apenas de uma entidade abstrata chamada “poder público”, que é bom lembrar, é o representante que nós, como povo, elegemos, foi um pulinho.
Pulinho conceitual que nas mãos de Tia Malouh virou teatro coletivo: de cada classe, 4 ou 5 grupos foram formados de dentro de uma roda com todos (o público) que se diferenciaram em suas missões auto-determinadas dentro da proposta de representar um ser, (animal,vegetal, mineral, enfim, alguma “coisa”).
Sugestões e soluções criativas não faltaram. Coroa, (afinal, tínhamos falado também, na Monarquia...) Mundo, Aves, Corações, Estrelas, Flores, etc.
Bem atentaTia Malouh soube harmonizar os grupos e em minutos, formar um todo expressivo com o trabalho de todos. Estava aberto o caminho de uma poética expressiva que se desenrolou em palavras cujo tema eram as virtudes chave que cada um sugeriu e entre as quais todos elegeram as que seriam representadas,enfim, em mosaico, sob a orientação do Tio Odilon para, em breve, em anagrama com a palavra REPÚBLICA ilustrar, com o trabalho deles, as paredes da Unidade.
É assim que o Terra da Paz constrói a auto-estima coletiva e individualmente: com arte, cidadania, informação e participação. E a unidade 2, cujo prédio, adaptado de um porão, muitos dos moradores do Parque Petrópolis nem sabem que abriga uma unidade de Ensino tão importante para a vida de tantas crianças, vai poder mostrar, com orgulho e poesia.